segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Sim, foi Natal.


O calendário assim o ditou. Foi Natal. O primeiro Natal sem mãe, o segundo sem pai.
Isto de deixar de ser filho de alguém é duro. É duro 365 dias por ano, mas nos dias que se dizem festivos a ausência é ainda mais marcante. Eles continuam a ser os meus pais, mas eu, hoje, sou filha de ninguém vivo. Ficam as memórias e as fotografias. Pouco, pouquinho para quem era tanto nas nossas vidas.
Este foi o primeiro Natal em que a lareira esteve apagada dia 24, em que não houve filhós feitas à lareira, nem azáfama de véspera.
Fizemos as coisas com mais antecedência é certo, mas bom bom era poder andar para trás no tempo e ser tudo como costumava ser, como devia ser, para sempre.
O dia foi feliz, os manos estiveram quase todos juntos, só faltou uma, mas que esteve lá na mesma, em pensamento. Recordámos muito e cantámos todos juntos em família o medley do José Cid. (somos fãs deste homem, todos! ) Recordámos também esta música, que a minha mãe cantava, à capela, e bem. Gostava tanto de a ouvir cantar. E falar. E rir. E de ver o Joca a aplaudi-la.
Saudades.






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